Cientistas avançam no uso células-tronco para doenças incuráveis
Pesquisadores americanos obtiveram resultados positivos em uma experiência com células-tronco extraídas da pele
Publicado em: 26/02/2018
Um grupo de pesquisadores da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, obteve resultados positivos em uma experiência com células-tronco extraídas da pele. A descoberta tem o potencial de tratar com sucesso doenças até agora incuráveis.
No estudo, os cientistas”reprogramaram” células adultas em células-tronco pluripotentes (iPSC, na sigla em inglês). Segundo Ganna Bilousova, do Centro Gates de Medicina Regenerativa e uma das responsáveis pela pesquisa, os testes desenvolvidos permitiram resolver a ineficácia registrada até o momento na hora de criar células-tronco a partir de células adultas.
Ganna explicou que, atualmente, de cada 1.000 células adultas, apenas uma ou duas chegam a ser iPSC. “Os pesquisadores do Colorado encontraram uma maneira que acelera drasticamente esse processo conforme melhora a segurança desta tecnologia para aplicações clínicas”, especificou Ganna.
A pesquisa
Basicamente, os cientistas se concentraram em doenças da pele e em reprogramar células sadias e doentes, ou seja, reativar certos genes não ativos em células adultas para transformá-las em iPSC.
O novo método permite contar com uma quantidade ilimitada de células próprias do paciente, gerar as iPSC fora do corpo, manipulá-las geneticamente, transformá-las em células de vários tipos e transplantá-las ao paciente, ou usá-las para futuras pesquisas médicas.
“Ficamos surpresos ao descobrir como simples manipulações do tempo e das doses das moléculas de ácido ribonucleico podem afetar a eficiência da reprogramação”, disse a cientista, que acrescentou que agora o processo é menos tóxico e tão preciso que pode ser aplicado a uma só célula.